O consumo de água engarrafada tem impactes elevados em 4 grandes áreas:

   

PRODUÇÃO DE RESÍDUOS

Em 2019, foram produzidas:

milhões de embalagens

milhões de embalagens de plástico

toneladas de resíduos de plástico

só para a comercialização de água engarrafada.

Em 2019, foram produzidas 1072 milhões de embalagens para comercialização de água engarrafada, no mercado nacional*. Cerca de 85% destas embalagens são de plástico (aproximadamente 911 milhões) e tendo em consideração que o peso médio de uma garrafa de 0,33 L é de 11,35g e de uma garrafa de 1,5 L é de 27,29g, estamos perante uma produção de plásticos entre 10 342 a 24 867 toneladas.

Quanto consome por ano cada português?

litros de água engarrafada

%

em embalagens de plástico

kg de resíduos plásticos

Portugal é o quarto país da europa com maior consumo per capita de água engarrafada, ficando abaixo de países como Itália, Alemanha e Hungria. Cada português consome em média 146,4 L* de água engarrafada, dos quais 85% (124,4L/hab) são consumidos em embalagem de plástico. Assumindo que o peso médio de uma embalagem se situa em 19.32g, cada português está deste modo a produzir anualmente cerca 2,4 Kg resíduos de plástico resultantes do consumo de água engarrafada.

*De acordo com os dados divulgados pela APIAM – Associação Portuguesa dos Industriais de Águas Minerais Naturais e de Nascente.

Qual é a pegada de carbono de uma garrafa de água?

De acordo com alguns estudos, uma garrafa de 500 ml de água tem uma pegada de carbono total de cerca de 82,8g de dióxido de carbono [2]. Vários estudos indicam que a pegada de carbono da água da torneira é inferior à da água engarrafada, podendo ser até 300 vezes inferior [5][6].

Matéria-prima

O material mais comum usado em bebidas como a água engarrafada é o tereftalato de polietileno ou PET. As matérias-primas para produção de PET são provenientes de petróleo bruto e gás natural e representam cerca de 10% do uso anual de petróleo [3]A produção desse tipo de plástico além da emissão de carbono inclui de várias substâncias tóxicas como benzeno, etilbenzeno, óxido de etileno e níquel.

O PET é posteriormente refinado em pellets de resina. Essa resina é então aquecida até se tornar um líquido que pode ser moldado numa infinidade de formas, incluindo garrafas.

Produção de garrafas

Essa produção de água engarrafada requer uma vasta quantidade de recursos, muitos dos quais são desperdiçados ao longo do processo de produção. Por cada 200ml de água que é engarrafada, é desperdiçado o triplo dessa quantidade, cerca de 600ml, durante o processo de produção. Da mesma forma, produzir água engarrafada requer muita energia, em alguns casos, até 2.000 vezes mais energia em comparação com a água da torneira.

Produção de resíduos

A popularidade da água engarrafada associada ao consumo de outros produtos igualmente embalados em embalagens plásticas de uso único, criou um problema ambiental crescente devido à quantidade de resíduos produzidos. Apesar de muitas das garrafas usadas atualmente poderem ser recicladas na sua totalidade, o volume de resíduos gerado e os custos associados ao seu encaminhamento e tratamento são fatores que devemos ter em conta na nossa decisão pela água que bebemos.

A reciclagem contribui para a redução da pegada de carbono das garrafas de água?

Se a sua opção passa pelo consumo de água engarrafada deve fazer o possível para que sejam encaminhadas para reciclagem. A reciclagem ajuda na redução da pegada de carbono já que ao desviarmos estes resíduos de aterros e incineradores, estamos a contribuir para a redução das emissões de gases de efeito estufa (GEE) que são produzidas nesses locais. Um estudo mostrou uma redução de 79% nas emissões de CO2 de plásticos PET reciclados quando comparado à produção de novos materiais.[4]

Como pode contribuir para a redução da pegada de carbono resultante do consumo de água engarrafada?

Embora o consumo de água engarrafada deixe uma pegada de carbono significativa, é totalmente evitável e, com algum planeamento e força de vontade poderá eliminar totalmente a sua contribuição. No entanto, se por algum motivo tiver de consumir água engarrafada deixamos abaixo algumas questões que deverá ter em atenção.

  • Não compre água importada – Com água nacional de excelente qualidade, a importação é algo que faz pouco sentido e a importação de água engarrafada aumenta drasticamente a pegada de carbono. Se continua a preferir água engarrafada ou se por qualquer motivo necessita mesmo de a consumir opte por água de origem nacional.
  • Opte por embalagens de vidro – Algumas marcas disponibilizam água engarrafada em garrafas de vidro, pelo que sempre que possível deverá optar por estas embalagens uma vez que o vidro pode ser reciclado inúmeras vezes sem que dele resultem grandes quantidades de resíduos como acontece com as garrafas de plástico de uso único.
  • Beba água da torneira – Caso pretenda mesmo eliminar a sua pegada de carbono associada ao consumo de água engarrafada, considere mudar o tipo de água que bebe, passando a beber água da torneira. Se acha que não gosta do sabor, ou que a água engarrafada tem melhor qualidade veja aqui algumas informações que o podem fazer mudar de ideias. Se quiser começar a beber água da torneira em substituição da água engarrafada poderá fazê-lo mudando gradualmente os seus hábitos. Pode começar, por exemplo, por beber água da torneira apenas quando está em casa.

 

Fontes:

[1] Laville, S. a. ( 28 June 2017). “A Million Bottles a Minute: World’s Plastic Binge ‘as Dangerous as Climate Change’.”. The Guardian, Guardian News and Media. Obtido de “A Million Bottles a Minute: World’s Plastic Binge ‘as Dangerous as Climate Change’.”: https://www.theguardian.com/environment/2017/jun/28/a-million-a-minute-worlds-plastic-bottle-binge-as-dangerous-as-climate-change

[2] Blue, M.-L. (2 Mar. 2019). “What Is the Carbon Footprint of a Plastic Bottle?” . Sciencing, sciencing.com/carbon-footprint-plastic-bottle-12307187.html.

[3] Association., P. R. (s.d.). “PET – WHAT IS IT AND WHERE DOES IT COME FROM?”. Obtido de http://www.petresin.org/pdf/PET_whatisitandwheredoesitcomefrom.pdf.

[4] Dittrich, A. (s.d.). Study Confirms the Excellent Carbon Footprint of Recycled PET. Obtido de https://packagingeurope.com/study-confirms-excellent-carbon-footprint-of-recycled-pet/

[5] Botto, S. Tap Water vs. Bottled Water in a Footprint Integrated Approach. Nat Prec (2009)

[6] Fantin, V., Masoni, P., and Scalbi, S. 2011. Tap Water or Bottled Water? A Review of LCA Studies Supporting a Campaign for Sustainable Consumption. Consultado em https://eplca.jrc.ec.europa.eu/ResourceDirectory/faces/studies/studyList.xhtml;jsessionid=5815FA62C22F7597BE89969C8292A83F

 

PEGADA ENERGÉTICA

O consumo de água engarrafada, em Portugal, tem vindo a crescer ao longo dos últimos anos. Segundo dados do setor, em 2019, os portugueses consumiram 1215 milhões de litros de águas engarrafadas, correspondendo a aproximadamente 65% do total de bebidas não alcoólicas consumidas. Este consumo de água engarrafada representa um consumo, per capita, de 146,4 litros, valor que em 2014 se situava nos 113,6 litros.

A pegada energética necessária para a produção de uma garrafa de 1 L de água engarrafada pode variar entre 5.6 e 10.2 MJ enquanto a produção de 1 L de água da torneira requer cerca de 0.005 MJ para tratamento e distribuição.

Energia para produzir água engarrafada 

A produção de água engarrafada requer energia para produzir, embalar, transportar, refrigerar, usar e reciclar a água e a sua embalagem. A quantidade total de energia necessária depende de muitos fatores, incluindo a localização e o tipo de fonte de água, a distância do engarrafador ao consumidor, o tipo de material utilizado na embalagem, o método de transporte e muito mais.

De acordo com algumas pesquisas, a energia utilizada pelas várias etapas de produção de uma garrafa, de 1litro de água, divide-se da seguinte forma:

  • Limpeza, enchimento, armazenamento e transporte de resíduos 33% 33%
  • Produção da embalagem PET 30% 30%
  • Transporte até ao consumidor final 29% 29%
  • Refrigeração 8% 8%

Energia necessária para fabricar garrafas de plástico

A água engarrafada é vendida em embalagens que variam de 0,33 L, para as pequenas garrafas, até vários litros usadas em refrigeradores de água para uso comercial. A grande maioria das garrafas de água de plástico descartáveis ​​é feita de PET. À medida que o volume das embalagens aumenta, é mais provável que os engarrafadores mudem o material utilizado, passando do PET para o policarbonato, que possui maior rigidez em tamanhos grandes e requer aproximadamente 40% mais energia para produzir do que o PET para garrafas [1].

A energia total usada na produção de garrafas PET, incluindo energia necessária para transportar a resina PET até ao local em que as garrafas são produzidas e depois cheias, é de cerca de 100 MJ / kg de PET [1] [2].

Assumindo que uma garrafa de 1L pese, em média 30g resulta num custo energético de produção de cerca de 4,0 MJ por garrafa. Uma estimativa que inclui a energia necessária para converter matérias-primas em resina PET, energia necessária para transformar resina em garrafas prontas para enchimento e energia para transportar PET ou garrafas para o local de envase.

Energia para limpar, encher, selar e rotular garrafas

Após a produção das garrafas é necessário enxaguar, encher, tampar e rotular cada garrafa produzida. Dependendo das especificações da máquina que desempenha estas etapas, limpar, encher e selar cerca de 15.000 garrafas por hora e requer, em média, 0,006 MJ (th) por garrafa.

Máquinas de rotulagem e empacotamento de alto volume, podem rotular 36.000 a 42.000 garrafas por hora usando 27 kWh, o que representa 0,008 MJ, por garrafa.

Assim, a energia total necessária para limpar, encher, selar, rotular e embalar a água engarrafada é de cerca de 0,014 MJ, por garrafa. 

Energia para transportar água engarrafada 

Após a produção de água engarrafada, é necessária energia para mover o produto acabado para os mercados. Como a água é pesada a energia associada ao transporte de água engarrafada pode ser significativa. As necessidades totais de energia de transporte dependem de dois fatores principais: a distância da fábrica de engarrafamento ao mercado e o meio de transporte utilizado, com custos significativamente superiores para água importadas e transportadas por via aérea.

Assim, o custo da energia de transporte poderá variar entre 1,4 MJ/L para água produzida e comercializada num raio de 100Km e 5,8 MJ/L para água importada e transportada de avião.[3]

Energia para refrigerar a água engarrafada

Refrigerar água engarrafada antes da venda ou consumo também requer energia. Existem dois componentes: a energia para refrigerar a água da temperatura ambiente para a temperatura do frigorífico e a energia para manter a água fria até que ela seja vendida. Para o primeiro componente, os estudos mais recentes estimam que a água engarrafada é refrigerada de uma temperatura ambiente de cerca de 20,0 ° C até uma temperatura de cerca de 3,3 ° C o que exige, aproximadamente 0,2 MJ/L.

O segundo componente depende do tempo que a água engarrafada é mantida fria antes do consumo e do desempenho energético do frigorífico. Assumindo que um consumidor mantém frio um litro de água engarrafada por uma semana antes de consumi-la, a energia necessária para manter a garrafa gelada é de cerca de 0,2 MJ/L.[3]

A pegada energética necessária para a produção de uma garrafa de 1 L de água engarrafada pode então variar entre 5.6 e 10.2 MJ, enquanto a produção de 1 L de água da torneira requer cerca de 0.005 MJ para tratamento e distribuição.

Tabela 1– Quadro resumo das necessidades totais de energia para produzir uma garrafa de 1 L de água (MJ).

Produção da garrafa de plástico 4.0
Lavagem, enchimento, rotulagem e selagem da garrafa 0.014
Transporte 1.4-5.8
Refrigeração 0.2-0.4

 Fontes:

[1] Bousted I 2005 Eco-profiles of the European plastics industry: polycarbonate Plastics Europe Março 2005 http://lca.plasticseurope.org/pc7.htm

[2] Franklin Associates 2007 Cradle-To-Gate Life Cycle Inventory of Nine Plastic Resins and Two Polyurethane Precursors Junho 2008 http://www.nrel.gov/lci/database/default.asp

[3] P H Gleick and H S Cooley 2009 Energy implications of bottled water Pacific Institute Fevereiro 2009 https://iopscience.iop.org/article/10.1088/17489326/4/1/014009/fulltext/#erl299478bib2

Pegada hídrica

Estima-se que mais de 400 mil milhões de garrafas PET sejam produzidas em todo o mundo a cada ano, das quais, cerca de 46% são utilizadas como embalagens de água. Em 2021, essa produção pode aumentar em 20%, gerando efeitos negativos e contribuindo para o aumento dos resíduos plásticos, lançados no meio ambiente.[1]

O mercado global de água potável engarrafada tem apresentado um crescimento exponencial nos últimos vinte anos, principalmente devido à redução dos custos de produção e aos investimentos na promoção do seu consumo. Em 2019, cada português consumiu cerca de 146,4L de água engarrafada, enquanto, em 1999, o consumo de água engarrafada rondava os 72,4L por habitante. Atualmente o consumo, per capita, de água engarrafada, em Portugal, está acima da médica europeia, ficando apenas abaixo do consumo verificado em Itália (203,5 L), Alemanha (168,8 L) e Hungria (148,3 L). Isto destaca as mudanças ocorridas nos últimos 20 anos nos hábitos de vida dos portugueses, causadas tanto pela introdução das garrafas de plástico em substituição do vidro, quanto pela perceção geral da melhor qualidade associada à água engarrafada, em comparação com água da torneira.[2]

A opção de beber água engarrafada gera impactes ambientais significativos que vão muito além da enorme resistência à biodegradação ambiental do plástico da embalagem, a qual pode durar até 500 anos. A produção de água engarrafada requer energia, mas requer igualmente um consumo considerável de água: 

são necessários mais de 3 L de água para produzir 1 litro de água engarrafada.[3]

O que é a pegada hídrica?

A pegada hídrica de um produto é o volume de água utilizado para produzi-lo, medida ao longo de toda cadeia produtiva. É um indicador multidimensional, que mostra os volumes de consumo de água por fonte e os volumes de poluição pelo tipo de poluição; todas as componentes de uma pegada hídrica total são especificadas geográfica e temporalmente.[4]

De acordo com a Water Footprint Network, a pegada hídrica é composta por três elementos em função da procedência da água:

 Pegada Hídrica Azul: Volume de água superficial ou subterrânea que é utilizada para produzir a matéria-prima, incluindo a água que é evaporada e perdida para a bacia hidrográfica.

A pegada hídrica verde: Volume de água da chuva que é consumida por evapotranspiração ou que é adicionada ao produto durante o processo de produção.

Pegada Hídrica Cinza: Volume de água necessária para diluir a poluição gerada pelo processo produtivo.

Como é determinada a pegada hídrica de um produto?

O cálculo da Pegada Hídrica tem por base um inventário prévio do Ciclo de Vida do produto, o que, no caso da água de consumo inclui as seguintes etapas:

  • Água engarrafada: extração da água, produção de pré-formas PET, , transporte de Pré-formas PET para o local de engarrafamento, produção da embalagem, produção de ozono para lavagem da garrafa, lavagem da garrafa, enchimento, rolha, etiquetagem, embalamento, acondicionamento e armazenamento e distribuição de água engarrafada para superfícies comerciais e posteriormente para o consumidor final.
  • Água da torneira: extração da água, produção de tubagens, transporte para o reservatório, armazenamento e distribuição até ao consumidor final.

Produção de plástico PET

Em 2019, foram produzidas, na europa, quase 58 milhões de toneladas de plástico, das quais 10% são de tereftalato de polietileno (PET), o material utilizado na produção de garrafas de água [5] [6]. Tratando-se de um derivado do petróleo, a sua pegada hídrica inclui a água consumida nos processos de extração, refinação e produção de óleo e gás natural, que produzem a matéria-prima que posteriormente dá origem à resina PET.

Determinar a pegada hídrica total do plástico PET, inclui calcular as pegadas “azul” e “cinza”, o que significa que é necessário ter em conta não apenas a água consumida na criação da matéria-prima, mas também a água necessária para reduzir a poluição térmica provocada por processos de arrefecimento incluídos na etapa final do processo produtivo. 

Água engarrafada Vs Água da torneira

Vários estudos que comparam as pegadas hídricas da água engarrafada e da água torneira concluíram que, as pegadas hídricas são bastante semelhantes, sendo que, para um volume de 1,50L possuem pegadas de 3,43 e 3,63 L, respetivamente. Verifica-se assim que, a água da torneira, contrariamente ao que poderíamos supor, possui uma pegada mais alta, no entanto, a pegada hídrica da água da torneira deve-se essencialmente às perdas de água que ocorrem ao longo da rede de distribuição, enquanto a pegada da água engarrafada é influenciada sobretudo pela produção dos materiais plásticos utilizados na embalagem. Tal significa que, mais facilmente conseguimos reduzir a pegada da água da torneira, controlando as perdas que ocorrem na distribuição, do que na água engarrafada.[3]

Os valores obtidos para estas pegadas incluem somente as componentes pegada azul e pegada verde. Quando é adicionada a pegada cinza, a pegada hídrica da água engarrafada aumenta consideravelmente, uma vez que é considerada a poluição térmica causada pelo processo de produção de produção do PET, aumentando de 3,43 para 6,92 L.[3]

Fontes:

[1] Gambino, I., Bagordo, F., Coluccia, B., Grassi, T., Filippis, G. D., Piscitelli, P., Galante, B., et al. (2020). PET-Bottled Water Consumption in View of a Circular Economy: The Case Study of Salento (South Italy). Sustainability, 12(19), 7988. MDPI AG.

[2] APIAM- Associação Portuguesa dos Industriais de Águas Minerais Naturais e de Nascente. (2020). Obtido de https://www.apiam.pt/conteudo/Mercado/-/10

[3] Niccolucci, V.; Botto, S.; Rucani, B.; Nicolardi, V.; Bastianoni, S.; Caggi, C. The real water consumption behind drinking water: The case of Italy. J. Environ. Manag. 2011, 92, 2611–2618.

[4] HOEKSTRA, A. Y., et al. (2011) – “Manual de Avaliação da Pegada Hídrica: Estabelecendo o Padrão Global”. Water Footprint Network.

[5] R. Geyer, J. R. Jambeck, K. L. Law, Production, use, and fate of all plastics ever made. Sci. Adv. 3, e1700782 (2017).

[6] Europe, P. (2020). Plastics – the Facts 2020, An analysis of European plastics production, demand and waste data. Obtido de https://www.plasticseurope.org/application/files/5716/0752/4286/AF_Plastics_the_facts-WEB-2020-ING_FINAL.pdf